Avaliação de Vírus no Ar para COVID-19
O vírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19, ainda deixa muitas perguntas sem respostas. Uma delas é como avaliar sua presença e concentração no ar. Já há estudos disponíveis sobre o vírus, princípios gerais de avaliação de contaminantes biológicos, investigações sobre identificação da contaminação ambiental por SARS-CoV e potencial de transmissão para áreas adjacentes.
As principais abordagens de amostragem no ambiente são de superfícies com swabs e do ar do ambiente com bombas de amostragem de ar, seguida de análise por PCR (reação em cadeia da polimerase) baseada no RNA do vírus.1
Listamos três opções para coleta de vírus no ar e detalhes importantes para a seleção do amostrador adequado
Amostrador | Filtros Cassetes2,3,5 | Amostrador Button6 | BioSampler4,5 |
Pontos importantes | Fácil, econômico e amplamente utilizado.
Sistema de coleta pequeno, fácil e leve. Ideal para amostragem pessoal e colocação dentro e fora de áreas de teste. Usado por agências para amostragem de SARS-CoV |
Coleta superior de bioaerossóis na fração inalável.
Proximidade do filtro e entrada de ar, minimiza perdas por transmissão. Promove a distribuição de partículas por igual. Desempenho próximo à ISO 7708/CEN , Autoclavável |
Permite amostragem de 8 horas.
Pode ser preenchido com água destilada estéril ou outros líquidos adequados para análise PCR. Ideal para estudos de pesquisa |
Modo de coleta | Filtração, coleta em filtro | Filtração, coleta em filtro | Borbulhamento, coleta em meio líquido |
Meio | Filtro PTFE, 37mm, 0,3µm, usado para SARS
|
Filtro de gelatina estéril, 25mm (mantém microrganismos viáveis para crescimento em culturas)*
* Para amostragens de curta duração apenas |
Água destilada estéril, solução salina fisiológica, solução salina tamponada de fosfato (PBS), caldo nutritivo ou água peptonada. |
Bombas recomendadas | AirChek TOUCH | AirChek TOUCH | BioLite+ (12,5 L/min) |
Considere que vírus não são amostragens rotineiras em investigações de qualidade do ar ou higiene ocupacional, pois são normalmente encontrados em níveis muito baixos, difíceis de detectar e não apresentarem relevante interesse para a saúde pública como no momento. É um desafio manter os vírus viáveis para análise, pois exigem uma célula hospedeira para se replicar. A Faster e a SKC recomendam que sejam seguidas orientações de um laboratório qualificado, com experiência em análises de vírus antes de realizar qualquer amostragem ou estudos no ar.
Referências:
1Booth, T.F. et al., “Detection of Airborne Severe Acute Respiratory Syndrome (SARS) Coronavirus and Environmental Contamination in SARS Outbreak Units,” J. Infectious Disease, 2005, May 1; 191(9), pp 1472-7, https://doi.org/10.1086/429634
2Verreault, D. et al., “Methods for Sampling of Airborne Viruses,” MMBR, 72 (3), Oct. 2008, pp 413-44, doi: 10.1128/MMBR.00002-08, https://bit.ly/2TFbD15
3Ong, S. et al., “Air, Surface, Environmental, and Personal Protective Equipment Contamination by Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 (SARS-CoV-2) from a Symptomatic Patient,” JAMA, March 4, 2020, doi: 10.1001/jama.2020.3227, https://bit.ly/38oW8jn
4Cao, G. et al., “Development of an Improved Methodology to Detect Infectious Airborne Influenza Virus Using the NIOSH Bioaerosol Sampler,” Jnl. of Env. Mon., 2011, Dec. 13(12), pp 3321-8 Research Gate: 51695684
5Nguyen, T. T., et al., “Bioaearosol Sampling in Clinical Settings: A Promising, Noninvasive Approach for Detecting Respiratory Viruses,” Open Forum Infectious Disease, 4(1) Winter 2017, https://doi.org/10.1093/ofid/ofw259
6Burton, N.C., et al., “Physical Collection Efficiency of Filter Materials for Bacteria and Viruses,” Ann. Occup. Hyg., Vol. 51, No. 2, 2007, pp. 143-151, https://doi.org/10.1093/annhyg/mel073