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Equipamentos Intrinsecamente Seguros na Higiene Ocupacional

Equipamentos de medição usados em avaliações de segurança do trabalho e higiene ocupacional devem adicionar maior segurança aos ambientes industriais e não gerar mais riscos. Então, muito cuidado com os equipamentos que você utiliza e leva ao campo, pois você pode ser responsabilizado em caso de qualquer incidente ou acidente em áreas classificadas.

O que é Segurança Intrínseca

Segurança intrínseca é uma técnica de projeto aplicada a equipamentos e fiação elétricos em locais perigosos. Esta técnica foca na limitação da energia, elétrica e térmica, para níveis abaixo dos necessários para incendiar uma mistura atmosférica perigosa específica. É alcançada limitando-se a corrente, a voltagem, a potência e a temperatura do circuito, sendo uma técnica de prevenção de explosão para assegurar o funcionamento seguro de equipamentos elétricos em áreas perigosas.

O que são Equipamentos Intrinsecamente Seguros (IS)

Equipamentos intrinsecamente seguros (IS) são aqueles que operam com energia tão baixa que não podem acender material inflamável. Estes equipamentos possuem sistemas internos com barreiras que contêm faíscas ou descargas elétricas internas, prevenindo que se tornem fontes de ignição. Intrinsecamente seguros, eles são incapazes de ignição mesmo com até duas falhas independentes e podem ser utilizados em várias zonas classificadas como potencialmente explosivas.

O que são áreas classificadas como Potencialmente Explosivas

Áreas classificadas como potencialmente explosivas são locais onde uma atmosfera explosiva está presente ou é provável que ocorra, exigindo precauções especiais na construção, instalação e utilização de equipamentos elétricos. Tais áreas incluem espaços onde substâncias inflamáveis ou combustíveis estão presentes e, se em contato com uma fonte de ignição, podem causar explosões. Segundo normas como a NR-20 e a ABNT, esses locais são potencialmente inflamáveis e explosivos devido à presença de gases, vapores, poeiras e outras substâncias inflamáveis utilizadas em processos industriais.

Porque usar equipamentos Intrinsecamente Seguros

A importância do uso de equipamentos intrinsecamente seguros em áreas classificadas como potencialmente explosivas reside na minimização de riscos de ignição e explosões, garantindo maior segurança e conformidade com normas de segurança operacional. Esses equipamentos são essenciais para prevenir acidentes em indústrias que operam em ambientes de alto risco, como petróleo, gás, química e mineração.

Empresas podem exigir o uso de equipamentos Intrinsecamente Seguros em suas dependências?

Sim! Para reforçar a segurança em áreas classificadas como potencialmente explosivas, é obrigatório que as empresas permitam apenas a entrada de equipamentos devidamente certificados. Esta exigência é crucial para assegurar que todos os dispositivos e sistemas utilizados nestes ambientes atendam aos rigorosos padrões de segurança intrínseca. A certificação garante que os equipamentos foram projetados e testados para operar em condições perigosas sem provocar ignição.

A presença de equipamentos não certificados em áreas explosivas representa um risco significativo de acidentes, podendo levar a explosões com consequências desastrosas. Portanto, a verificação e a adesão estrita às normas de certificação são medidas essenciais para proteger tanto os trabalhadores quanto as instalações.

Esta obrigação está alinhada com normativas internacionais e nacionais, que estabelecem padrões para a segurança em ambientes industriais perigosos. As normas técnicas, como as da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e outras normativas internacionais, especificam os requisitos que os equipamentos devem cumprir para serem considerados intrinsecamente seguros. A conformidade com estas normas não é apenas uma questão de boas práticas, mas uma exigência legal para garantir a segurança operacional e a proteção contra riscos de incêndio e explosões em áreas classificadas.

Quais riscos em não utilizar equipamentos certificados como Intrinsecamente Seguros?

Os riscos legais de não utilizar equipamentos certificados como intrinsecamente seguros em áreas classificadas como potencialmente explosivas incluem:

Violação de Normas Regulamentadoras: Não seguir as diretrizes da norma regulamentadora NR 33 – Segurança e Saúde nos trabalhos em Espaços Confinados – pode resultar em penalidades legais. Esta norma abrange como identificar e monitorar espaços confinados e determina os riscos existentes, incluindo atmosferas potencialmente explosivas.

Descumprimento de Normas Técnicas Brasileiras: A não observância das normas técnicas brasileiras, como a NBR ISO IEC 60.079-0/2008, que estabelece os requisitos de avaliação da conformidade de equipamentos elétricos para atmosferas explosivas, pode resultar em penalidades legais. Além disso, é exigido o uso do selo de identificação do INMETRO nos equipamentos, conforme a portaria 179/2010 do INMETRO.

Riscos Elevados de Acidentes: O uso de equipamentos não certificados aumenta significativamente o risco de acidentes graves, com potenciais consequências desastrosas, incluindo danos materiais significativos e riscos à saúde e segurança dos trabalhadores.

Portanto, o uso de equipamentos certificados é fundamental para a segurança e para evitar consequências legais graves, incluindo multas, penalidades, e possíveis ações judiciais em caso de acidentes. É essencial que as empresas compreendam e controlem os riscos com métodos e equipamentos adequados, integrando-os ao sistema de gestão da saúde e segurança no trabalho.

A Faster distribui no Brasil algumas das principais marcas mundiais de equipamentos de medição para Segurança do Trabalho e Higiene Ocupacional, sendo a maioria Intrinsecamente Seguros, saiba mais:

Dosímetro de Ruído Intrinsecamente Seguro NoiseCHEK SKC.

O Novo dosímetro de Ruído NoiseCHEK SKC possui opção de modelo Intrinsecamente Seguro para ser usado em conformidade com as exigências para áreas classificadas. SAIBA MAIS…

Bombas de Amostragem Intrinsecamente Seguras SKC

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Ensaio de Desempenho de Bombas

O que é ensaio de desempenho em bombas de amostragem?

No laboratório da Faster, realizamos o ensaio de desempenho em bombas de amostragem com emissão de relatório (certificado).

Como uma revisão periódica, neste serviço, são feitos testes para verificar se a bomba está funcionando conforme as especificações de fabricação, além de limpeza, troca de filtro e anel de vedação externos.

Espera-se que a bomba seja capaz de manter a vazão constante ao longo do tempo e, ao sofrer resistência na passagem do ar.

O que acontece quando verificamos que a bomba não está funcionando adequadamente?

Caso a bomba não seja capaz de manter a vazão constante, o cliente será avisado sobre a necessidade de manutenção e é enviado um novo orçamento com serviços de manutenção e peças de reposição necessários.

Neste caso, motor, bloco e conexões internas da bomba são abertos, cuidadosamente inspecionados e higienizados. Caso alguma peça esteja quebrada, será necessário realizar a troca.

Após a limpeza interna e se necessário, troca de peças, é realizado um novo teste de desempenho para confirmar que a bomba recuperou sua capacidade de manter a vazão constante.

O que acontece com a bomba ao ser usada em ambientes contaminados?

Com a bomba sendo utilizada em ambiente industrial, pequenas partículas passam pelos filtros de proteção e se depositam nas partes internas do motor e bloco da bomba, podendo causar pequenos vazamentos.

Solventes e outros compostos químicos também passam pela bomba e reagem com as vedações e placas de borracha existentes no bloco do motor, que podem ressecar, apresentar pequenas fissuras e causar pequenos vazamentos.

Embora as peças de borracha e plástico sejam fabricadas com materiais resistentes e de qualidade superior, é inevitável o desgaste ao longo do tempo. O bloco do motor das bombas é um sistema mecânico que possui partes móveis e opera em alta rotação por horas.

Qual o risco em usar uma bomba de amostragem que apresenta vazamentos?

Por operar constantemente em vácuo, qualquer pequeno vazamento interno pode causar uma entrada de ar indesejada, ou seja, o ar não passa pelo amostrador.

O usuário ao calibrar a bomba no campo observa a vazão indicada pelo calibrador e acredita que está coletando todo o volume de ar, porém, devido aos vazamentos internos, apenas uma parte do ar está de fato sendo coletada.

Isso pode levar a obtenção de concentração errada dos agentes químicos, uma vez que o laboratório divide a massa do contaminante pelo volume de ar coletado e informado por quem fez a coleta.

É obrigatório fazer o ensaio nas bombas de amostragem?

O ensaio nas bombas não é obrigatório, mas é recomendável, pois pode indicar a necessidade de manutenção. Realizar ensaios periodicamente nas bombas, aumenta a vida útil do equipamento e diminui gastos futuros com manutenção ou troca de peças que poderiam ser evitados.

Assim como acontece com automóveis, não é obrigatório realizar revisões de freio, amortecedores, alinhamento, balanceamento, troca de óleo, filtros etc., porém, todos sabem que é prática importante para manter o bom funcionamento geral, evitar desgaste excessivo de peças e economizar com gastos de manutenção.

De quanto em quanto tempo devo enviar a bomba para ensaio?

Não há um período exato, logo, deve-se usar o bom senso.

Se as bombas são utilizadas frequentemente em ambientes industriais agressivos e contaminados, é recomendável que se faça um ensaio de desempenho a cada 12 meses.

Caso o uso seja esporádico, ou apenas usada em ambientes menos hostis como escritórios, pode-se considerar o período de 2 ou 3 anos.

Recomenda-se que a bomba seja enviada para realização de ensaio imediatamente, quando for verificado que a bomba apresenta funcionamento inconstante, variações de vazão entre o início e término das coletas, bateria que não segura mais carga, e qualquer outro comportamento identificado que possa colocar em risco a integridade da amostra.

Por que devemos realizar ensaios de desempenho em bombas de amostragem?

Realizar ensaios periódicos nas bombas, garante a integridade e qualidade das amostras, já que se obtém volumes precisos e concentrações mais próximas da exposição real.

Diminui os custos com manutenção, pois evita o acúmulo de sujeiras e substâncias que geram desgaste de componentes internos.

Evita custos adicionais com perda de amostras por variação de vazão.

Diminuição de eventos como interrupções na coleta, que geram retrabalhos, mais diárias de técnicos e todos os custos envolvidos em novas coletas de campo.

A melhor Bomba de Amostragem para elaborar o PGRBomba de amostragem XR5000

Bombas de amostragem são importantes para avaliar a presença e concentração de agentes químicos no ar, colaborando para a construção de um Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) de qualidade.

Afinal, é necessário reconhecer e quantificar o risco químico para, então, estabelecer medidas de controle e preservar a saúde do trabalhador.

Neste artigo, vamos explicar melhor essa relação entre as bombas de amostragem para Higiene Ocupacional e o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), com dicas para a escolha dos melhores instrumentos.

Boa leitura!

O que é bomba de amostragem para Higiene Ocupacional?

Bomba de amostragem de ar para Higiene Ocupacional é um equipamento portátil usado para avaliar a exposição a gases, vapores, poeiras, fumos e névoas no ambiente de trabalho.

Também conhecida como bomba gravimétrica, esse instrumento faz parte do sistema de coleta necessário para medir a concentração de agentes químicos no ar.

As bombas forçam a passagem do ar pelo amostrador (dispositivo de coleta), que capta o contaminante, permitindo que seja mensurado posteriormente, através da análise feita em um laboratório especializado em Higiene Ocupacional.

Para compensar as variações durante a coleta, os equipamentos contam com um sistema de controle de vazão constante, que garante a precisão do fluxo de ar fornecido pela bomba de amostragem.

Essenciais para analisar a pureza do ar, esses instrumentos auxiliam profissionais de segurança e saúde do trabalho na elaboração de um PGR eficiente, com medidas de controle adequadas para cada ambiente de trabalho.

O que é o PGR?

O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) é a materialização do processo de Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (por meio de documentos físicos ou sistemas eletrônicos), visando à melhoria contínua das condições da exposição dos trabalhadores por meio de ações multidisciplinares e sistematizadas.

O PGR deve ser composto, no mínimo, por dois documentos:

a)  Inventário de Riscos Ocupacionais, que compreende as etapas de Identificação de Perigos e Avaliação de Riscos, de modo a estabelecer a necessidade de medidas de prevenção;

b)  Plano de Ação, onde se estabelecem as medidas de prevenção a serem introduzidas, aprimoradas ou mantidas, de modo a eliminar, reduzir ou controlar os riscos ocupacionais.

O que são riscos químicos?

Riscos químicos se referem ao potencial de agentes químicos causarem danos à integridade ou à saúde do trabalhador.

Conforme define a NR-09, agentes químicos são substâncias que podem ser inaladas, ingeridas ou penetrar o organismo do trabalhador através da pele.

Devido a fatores como a concentração no ambiente, atividade do trabalhador, intensidade e/ou tempo de exposição, os agentes químicos são capazes de causar danos à saúde.

Grande parte dessas substâncias se apresenta na forma de poeiras, vapores, gases, névoas, fumos e neblinas, que precisam ser mensurados e quantificados para prevenir eventos e doenças relacionadas ao trabalho.

Daí a importância de utilizar instrumentos de medição apropriados, a exemplo das bombas de amostragem.

Como escolher a bomba ideal para o seu PGR?

Para dar o suporte necessário ao Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), é essencial que a bomba atenda a requisitos técnicos e de qualidade.

A seguir, detalhamos os principais.

Se quiser se aprofundar no assunto, recomendamos a leitura deste artigo, em que o higienista ocupacional e diretor técnico da Faster, Reinaldo Morelli, esclarece outras dúvidas.

  1. Adequação ao ambiente de trabalho

Existem vários modelos de bomba de amostragem para Higiene Ocupacional, desde os mais básicos até os mais modernos, que podem ser utilizados em diversos ambientes de trabalho.

No entanto, há locais que pedem modelos intrinsicamente seguros, a exemplo de áreas classificadas como atmosferas potencialmente explosivas.

Por isso, esteja atento não apenas ao tipo de risco, mas também ao ambiente que será avaliado.

  1. Sistema de compensação de vazão eficaz

Como citamos nos tópicos anteriores, esse sistema garante a precisão do volume de ar coletado pela bomba.

Ou seja, em caso de variação da resistência do ar, da pressão atmosférica ou temperatura, o sistema mantém a vazão sempre constante, conforme ajustado pelo higienista ocupacional no início da coleta.

  1. Sistema de amortecimento de pulsos

Podemos definir os pulsos como pequenos picos de vazão que são registrados em intervalos curtos de tempo.

Como as bombas de amostragem produzem fluxo de ar, é comum que gerem, também, pulsos.

O problema é que esses picos interferem no volume de ar efetivamente coletado pelo equipamento e, por consequência, no cálculo da concentração do agente químico.

Esse quadro se agrava quando há uso de separadores de partículas (ciclones, por exemplo) ou tubos adsorventes para a coleta de gases e vapores.

Equipamentos com sistema de amortecimento de pulsos corrigem os picos de vazão, dando confiabilidade às concentrações coletadas pelo amostrador.

  1. Sistema de indicação de falha de fluxo

Mecanismo que força a parada da bomba, de forma automática, quando a pressão de entrada do ar supera a capacidade de compensação do equipamento.

Também informa ao usuário a ocorrência de uma ou mais interrupções durante o período de coleta – o que pode distorcer o volume registrado.

  1. Qualidade

Além dos requisitos acima, é fundamental avaliar a qualidade dos materiais, opções de faixa de vazão, baterias recarregáveis, duração da bateria, etc.

Prefira, ainda, produtos de fabricantes e distribuidores confiáveis, que estejam disponíveis para tirar possíveis dúvidas.

Especializada em instrumentação para Higiene Ocupacional, a Faster oferece atendimento personalizado para ajudar você a selecionar o melhor produto.

Somos representantes, no Brasil, da SKC, a maior fabricante mundial de bombas de amostragem e insumos para coleta e análise de agentes químicos.

Visite esta página para conhecer a linha completa da SKC, com diversos modelos de equipamentos à sua escolha.

Sobre a Faster

Tendo como pilares compromisso e qualidade, a Faster oferece soluções em instrumentação para a identificação e caracterização de riscos ocupacionais.

Para isso, aposta na parceria e distribuição de produtos das principais marcas do setor, a exemplo das empresas norte americanas SKC e OHD (Occupational Health Dynamics).

Nosso portfólio inclui equipamentos como bombas de amostragem, audiodosímetros, detectores de gases e ensaio de vedação de respiradores.

Clique aqui para conhecer todas as opções.

Conclusão

Tratamos, neste texto, sobre bombas de amostragem para Higiene Ocupacional e sua relevância na elaboração de um PGR eficiente.

Também trouxemos um guia para te ajudar na aquisição do melhor equipamento.

Se ficou alguma dúvida ou sugestão, deixe uma mensagem em nosso chat.

Meu objetivo é esclarecer tecnicamente os principais pontos sobre bombas de amostragem quando se pretende usá-las em Higiene Ocupacional, para garantir que as avaliações de agentes químicos possuam resultados o mais próximo possível da exposição ocupacional real.

Em primeiro lugar, o que é uma bomba de amostragem para uso em Higiene Ocupacional?

É um equipamento portátil que fornece vazão constante durante todo o período de operação.

E por que essa insistência na vazão constante??

Pelo simples fato de que ao longo das coletas amostradores vão dificultando a passagem do ar devido ao acúmulo de partículas e umidade, fazendo com que a vazão mude. Lembrando que, os laboratórios ou os higienistas para chegar na concentração (mg/m3), dividem a massa encontrada pelo volume de ar coletado. Então, concluímos que com um volume maior ocorre a diluição ou diminuição da concentração, assim como com volume menor aumenta-se a concentração da amostra. Como obtém-se o volume ao multiplicar a vazão pelo tempo de coleta, um pequeno erro na vazão é multiplicado, resultando em grande diferença de volume e consequentemente, interferindo diretamente na concentração do agente químico e claro, na vida/saúde dos trabalhadores.

Para que se possa ter confiança no funcionamento de uma bomba, ela deve conter não apenas, mas principalmente os seguintes componentes:

1) Sistema de compensação de vazão que garanta que, em caso de variação da resistência do ar, da pressão atmosférica e da temperatura, a bomba consiga manter a vazão inicial ajustada pelo higienista.

Para se atestar a vazão constante, o fabricante deve pelo menos, informar qual a performance do seu instrumento ao longo de sua faixa de vazão. Conforme exemplo na imagem abaixo:

Bomba de amostragem com tabela de compensação de vazão.

Ah… mas e se a bomba não tem esse sistema e ainda assim mantem os 5% de variação após a coleta, eu posso confiar?

A resposta é não! Não há garantia nenhuma do volume final, pois se ao longo da coleta mesmo que momentaneamente, tenha ocorrido qualquer problema como alguma obstrução na mangueira, alguma partícula maior na entrada de ar, variações de P e T, etc. a bomba não teve capacidade alguma de compensar e poucos minutos são capazes de influenciar no volume.

2) Sistema de amortecimento de pulsos. Qualquer bomba ao gerar fluxo de ar, acaba gerando “pulsos”, que são pequenos picos de vazão em intervalos muito curtos de tempo. Mesmo uma bomba com sistema de compensação constante, pode apresentar esses pulsos e isso também tem influência direta na coleta, principalmente quando se usa separadores de partículas como os ciclones. Um fluxo pulsante impede que a separação ocorra conforme as frações respirável/torácica/inalável conforme a ISO 7708. Esta pulsação também exerce influência na eficiência de coleta de gases e vapores com tubos adsorventes, pois interfere na “aderência química” dos gases ao amostrador, podendo até arrastá-los para fora do meio de coleta.

3) Sistema de indicação de falha de fluxo. Esse recurso, faz com que a bomba pare caso a pressão de entrada seja maior que sua capacidade de compensação, além disso, deve indicar ao usuário (através de LED, display, memória, etc) que houve uma ou mais interrupções no meio da coleta, e que aquela amostragem poderá ter erro no volume.

Exemplo de um caso real no Brasil:

Durante muitos anos, o modelo BDX II foi um dos mais vendidos no Brasil devido ao seu baixo custo. Entretanto, este modelo não possui o sistema de compensação comentado acima. Esta informação foi difundida e corroborada pelo próprio fabricante, informando em seu site que esta bomba não atende toda a gama de métodos para HO, mas apenas NIOSH 7400, 7082, 7105 e 7300. Também não recomenda e não fornece nenhum kit de redução de vazão para tal modelo. Com isso, este modelo deixou de ser considerado uma opção viável pela maioria dos profissionais no Brasil, assim como ocorre com os profissionais nos EUA e Europa. Um grande avanço!

Se você utiliza bombas de amostragem e ficou com dúvidas, vamos conversar. Vamos trabalhar juntos para fortalecer a Higiene Ocupacional no Brasil, melhorar a confiabilidade nos resultados quantitativos, e elevar o nível técnico do mercado como um todo.

Representamos no Brasil a SKC, maior fabricante mundial de Bombas de Amostragem. Fornecemos mais de 8 modelos de bombas e certamente uma delas poderá atender sua necessidade. Conheça nossa linha de bombas e saiba mais!

Calibração de bombas de amostragem de ar

Para cada agente químico, existe um método específico contendo todos os detalhes para a realização da amostragem. A vazão de coleta é a informação mais importante, pois indica o fluxo exato em que a bomba deve ser ajustada para coletar a amostra de ar.

É necessário calibrar a bomba todas as vezes que se for realizar uma nova coleta; mesmo quando for feita a coleta do mesmo agente, na mesma vazão, pois essa é única forma de se ter confiança de que a vazão de operação está adequada ao método.

Essa calibração é feita pelo próprio usuário, através de um calibrador de vazão. O calibrador é um medidor de fluxo de alta precisão, que indica a vazão exata enquanto é feita a regulagem na bomba. Mesmo para as bombas que mostram a vazão, seja digital ou por rotâmetros, é indispensável o uso do calibrador de vazão, conforme orientam os métodos de coleta e a Norma de Higiene Ocupacional NHO 07 da Fundacentro.

Calibração antes da coleta

Esta calibração consiste em ajustar a bomba na vazão requerida pelo método, usando um medidor externo com precisão em torno de 1%.

Não apenas a bomba, mas todo o sistema de amostragem deve ser calibrado. O sistema deve ser montado utilizando um amostrador idêntico ao que será usado na coleta no ambiente de trabalho. É recomendável que o usuário possua e guarde um amostrador apenas para calibração.

Os resultados exatos obtidos pelo calibrador (vazão inicial) devem ser registrados, juntamente com data, horário e condições ambientais como temperatura, pressão atmosférica e umidade.

Verificação da vazão após a coleta

Esta verificação tem por objetivo identificar se houve variação da vazão ao longo da amostragem e permitir que se calcule a vazão média.

Após o término da amostragem, deve-se anotar o tempo exato da coleta em minutos, realizar a verificação da vazão – usando o calibrador e o amostrador idêntico -, e anotar as condições do ambiente. Não é feito nenhum ajuste na bomba. A vazão (vazão final) é apenas registrada.

Variação da vazão

Caso a diferença entre os valores de vazão inicial e final seja maior que 5%, a amostra não poderá considerada. Nova coleta, com um novo amostrador, deverá ser realizada, conforme orienta a NHO 07.

Volume de ar coletado

Como conclusão, deve-se encontrar o volume de ar coletado durante a amostragem, em litros, multiplicando-se a vazão média pelo tempo de coleta. Este valor é extremamente importante ao laboratório, pois é determinante para o cálculo correto da exposição ocupacional a agentes químicos.

A exposição é, normalmente, expressa no relatório de análise em unidade de massa do contaminante por volume de ar. Por exemplo: mg/m3.

Clique aqui e conheça as soluções da Faster para calibração de bombas de amostragem.

Consulte as referências abaixo para maiores detalhes sobre os procedimentos descritos neste post.

Referências

NORMA DE HIGIENE OCUPACIONAL – NHO 07 – Procedimento Técnico – Calibração de bombas de amostragem individual pelo método bolha de sabão. FUNDACENTRO, 2002.

Disponível em: <http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-ocupacional/download/Publicacao/200/NHO07-pdf>. Acesso em: 06 out. 2017

Manual of Analytical Methods (NMAM). National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH). 5th Ed. EUA, 2016.

Disponível em: <https://www.cdc.gov/niosh/nmam/pdfs/NMAM_5thEd_EBook.pdf>. Acesso em: 06 out. 2017.

Bomba de amostragem SKC

AirChek CONNECT – Alta e Baixa Vazão

O que é uma Bomba de Amostragem de ar?

A bomba de amostragem de ar é um equipamento portátil que fornece vazão de ar constante até 5 L/min, além de possuir um sistema automático de controle de fluxo para ajustar e compensar instantaneamente as variações na vazão durante a coleta, com precisão de 5%. Esses equipamentos são usados em sistemas de coleta instalados no trabalhador, próximo à zona de respiração, para quantificar a exposição ocupacional aos agentes químicos.

As bombas não medem a concentração de nenhum produto químico, elas apenas forçam a passagem do ar pelo dispositivo de coleta, também conhecido como amostrador, “agarrando” e, de fato, coletando o agente. Após a coleta, o amostrador é enviado para um laboratório de higiene ocupacional, onde é feita a análise da amostra e emitido um relatório com a concentração – normalmente, expressa em unidade de massa do contaminante por volume de ar, por exemplo: mg/m3.

Ao analisarmos a forma como os resultados são apresentados pelos laboratórios, massa por volume, concluímos que o requisito mais importante em uma bomba é o sistema de controle de vazão constante. É ele que garante que a bomba funcionou durante todo o tempo de coleta na vazão correta, para que o usuário possa calcular e informar ao laboratório o volume de ar com precisão. O cálculo de volume é simples, basta multiplicar a vazão pelo tempo de coleta.

Tipos de bombas de amostragem

Bomba de amostragem AirLite

Bomba AirLite – Alta e Baixa vazão

Existem diversos modelos de bombas com diferentes faixas de vazão, com indicação de vazão digital, por rotâmetros, ou até mesmo sem qualquer indicação de vazão.

As mais comuns são bombas que operam tanto em alta vazão (de 0,5 a 5 L/min) quanto em baixa vazão (de 5 a 500 ml/min), com o uso de válvulas redutoras de vazão. Entretanto, alguns modelos operam exclusivamente nas faixas de baixa ou alta vazão.

Também existem modelos intrinsecamente seguros, que são obrigatórios para uso em áreas classificadas como atmosferas potencialmente explosivas, e modelos mais simples sem essa característica.

Algumas bombas funcionam com baterias recarregáveis, e outras, com pilhas alcalinas.

Clique aqui e conheça os modelos de bombas de amostragem fabricados pela SKC e fornecidos no Brasil pela Faster.